Aos vestibulandos, calma!


Escolher uma profissão não é somente decidir o que fazer, mas principalmente, decidir quem ser. Quando chega a hora do vestibular, temos que escolher uma futura profissão. A nossa futura profissão! É normal uma certa indecisão na hora da escolha, e difícil, nem sempre você acerta ao tentar pela primeira vez, pois é uma escolha que decidirá o seu futuro e, na minha opinião, temos que toma-la muito cedo, geralmente aos 17.

Uma das dúvidas mais frequentes na hora de escolher uma profissão é se a escolha deve ser feita por vocação ou pensando na carreira que tenha mais espaço no mercado de trabalho, o melhor seria tentar unir as duas coisas, ou seja, dentro da sua vocação escolher uma profissão que tenha maior espaço no mercado de trabalho. Não adianta tentar seguir uma profissão a qual não tenha o menor jeito, isso é bobagem, não dá certo nem nos filmes .

No Brasil, cerca de 20% dos universitários desistem nos primeiros anos do curso, pelo fato de não se identificarem com a opção que fizeram ou pela falta de informações sobre os cursos e profissões. Existe também um outro lado que é a grande variedade de cursos que surgem a cada dia, aumentando ainda mais a dúvida na hora da escolha. Você não quer fazer parte dessa estatística, não é?

Por isso é importante fazer a sua escolha sem ser influenciado por fatores momentâneos como os amigos, a mídia, modelos de professores que são naturais da fase que está atravessando e que mais tarde podem ser completamente modificados, alterando também o modo como você ver determinada carreira.

Nesse momento tão complicado que é escolher uma profissão, o interessante é buscar informações e observar suas características para saber aquilo que realmente você quer, levando em consideração seus verdadeiros gostos e interesses já que sua profissão será sua companheira por toda a vida.

Diário de "CAHLOURA"

Planejar o futuro nunca foi muito a "minha praia". E foi assim que tudo aconteceu, sem planejar ou levar a sério é que eu vim parar aqui. Se me perguntassem no começo deste ano o que eu mais queria, com certeza eu, atormentada pela angústia dos vestibulares, responderia de imediato que seria passar no vestibular, sem em apegar muito à idéia do que viria depois que passasse. Com o resultado da aprovação e todo o turbilhão de emoções que o acompanham, veio o medo. Minha vida tinha dado um giro de 180º e ainda estava meio "tonta". Como seria para uma garota urbana acostumar-se a uma pequena cidade do recôncavo que até então nem ao menos conhecia?
Filha de funcionários públicos, já estava acostumada com a mudança de cidades (6 até agora), o que mais me preocupava era o fato de que agora a mudança seria por minha própria causa e me vi sozinha, livre para escolher se queria ou não. Geminiana que sou, logo me acostumei com a idéia e já me via fazendo planos para a nova fase. Com o começo das aulas tudo foi mais fácil do que imaginava e logo na primeira semana de aula já estava super entrosada com as pessoas e passeando pela cidade. A cada rua, a cada esquina, a cada praça eu descubro pessoas e um mundo diferente. A universidade ainda é algo muito novo e desconhecido que ao mesmo tempo me amedronta e fascina, e com que estou aprendendo a conhecer e lidar.
Agora vejo-me cada dia mais próxima de um futuro profissional que ironicamente me coloca perante uma difícil tarefa, particularmente, que sempre foi a de escrever para que outras pessoas leiam, agradando-as ou não. Sei que um curso superior não forma apenas profissionais, mas também pessoas, tornando-as capazes de refletir e escolher uma trilha a seguir. Escrever portanto, vai ser pra min um desafio, uma descoberta diária e aos poucos aprenderei a buscar em min a criatividade e a arte de escrever.